Após conhecer a Eslovenia, a próxima parada foi Zagreb, capital da Croácia. Ela fica a 140 Km de Liubliana, numa viagem bem tranquila de carro. Para resumir minha viagem, o itinerário foi: Munique - Salzburgo - Liubliana - Zagreb, retornando à Munique. Nessa vez não conheci a parte litorânea da Croácia, que merece uma viagem maior.
Antes de falar da cidade e de como foi interessante conhecê-la, vale um alerta. A reserva de hotel foi feita pela internet e pela primeira vez em todas as minhas viagens, foi uma furada. Quando chegamos já era noite, pois optamos por aproveitar uma parte do dia ainda em Liubliana, levamos um susto! A localização e as imagens do descritivo do hotel não davam ideia do que encontramos! Na verdade era uma pousada praticamente embaixo de um viaduto na parte moderna da cidade. Optamos por não ficar e tentamos uma nova reserva num aplicativo. Escolhemos por localização (mais central), disponibilidade (em cima da hora é bem mais difícil) e também pelas fotos das instalações; se estava de acordo com o que queríamos. De novo foi uma decepção! Localização melhor, mas instalações bem abaixo do descrito e fotografado. Nesse momento resolvemos apelar para um hotel de rede hoteleira internacional e conhecida para não ter erro. Já bem tarde chegamos no Sheraton Zagreb Hotel, cansados, mas agora sim bem instalados. Foi o típico "barato que saiu caro", estressou um pouco, mas faz parte. Vira história para contar. No dia seguinte já estávamos prontos e animados para conhecer a cidade.
A região de Zagreb foi local de assentamentos humanos desde sempre. Ocupação pré-histórica, assentamento romano, invasões otomanas. Na Idade Média a ocupação se concentrava em duas colinas. Em uma delas, Kaptol, ficava um mosteiro religioso e na outra, Gradec, a parte secular fundada pelo rei húngaro Ladislau em 1094. Numa época em que a Hungria foi invadida, o rei se refugiou em Gradec e em agradecimento proclamou-a cidade autônoma. Até hoje, na torre que restou da muralha da cidade um canhão é acionado ao meio-dia diarimente para lembrar desse momento importante. Dá para levar susto se você se distrair.
Mas e o nome Zagreb? Com o crescimento e possibilidade de não depender de muralhas para segurança, a cidade se expandiu para a planície, ao longo do rio Sava. Contam que na praça próxima ao mercado (hoje praça Ban Jalacic), o governador chegou com muita sede e pediu a uma jovem para pegar água na fonte - zagribiti - o que parece ser a origem do nome
Já deu para perceber que tem muita história por aqui. A história recente da Croácia e região também é muito rica. Teve até terremoto em 1880 e uma total reconstrução e reestruturação da cidade. Por isso, eu aconselho um city tour guiado. Eu fiz um tour privado, passeando num calhanbeque customizado, com o motorista explicando tudo sobre a história e os monumentos dessa cidade, tanto na parte velha como nova. Foi muito interessante! Aconselho.
Calhambeque customizado para citytour. Eles ficam em frente à Catedral de Zagreb |
Chegando na Cidade Alta e já vislumbrando a Catedral e o Palácio do Arcebispo ao fundo |
Tentativa de mostrar o interior da Catedral que é mjuito bonito. |
Troca da guarda - uniformes croatas do século XVII, usados nessa cerimonia de apelo turistico. |
Já avistando a igeja e morrendo de vontade de chegar perto logo! |
Igreja de São Marcos e seu telhado maravilhoso. |
Também bem próxima (tudo é bem próximo) está a Igreja de Santa Catarina em estilo barroco. E seguindo mais um pouco a Torre Lotrscak, de onde sai o tiro de canhão ao meio-dia. Já falei sobre isso no começo do post. Você também pode subir 300 degraus e ter uma vista linda da cidade. Para uma parada no tour, aqui está um passeio público, com bastante verde, comidas variadas, o Strossmayer. Daqui também se pode conectar o passeio com a cidade baixa, através de um teleférico (o mais curto) ou da Porta de Pedra (Kamenita Vrata), antiga entrada da cidade, remanescente da muralha que foi destruída por um incêndio. Essa parte por ser de pedra resistiu e nela ficou intacta uma imagem de Nossa Senhora, hoje protetora da cidade. A ligação entre o mercado e a Cidade Alta pode ser feita pela rua Radiceva com suas casinhas lindas e a estátua de São Jorge com o dragão morto aos pés.
Restaurantes e bares dos dois lados da rua Tkalciceva |
Essa foi uma parada para comer e descansar e terminar o passeio pela cidade alta. Falta ver a cidade baixa, mais nova, que fica para um próximo post.
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