Chegou a hora de conhecer Berlim

    Por incrível que pareça, depois de muito tempo viajando, ainda não conhecia Berlim. E era por falta de vontade; muitas outras opções eram para mim mais interessantes. Foi mais ou menos o que aconteceu com Londres com a diferença que lá rolou uma má impressão negativa (A surpreendente Londres). Mas a hora chega e a pergunta que não quer calar é: Por que não fui antes?

Portão de Brandenburgo maior cartão pstal da cidade

    Começando pela hospedagem, sempre um ponto importante que afeta o sucesso de uma viagem. Me hospedei no Hotel Indigo Berlin Centre-Alexanderplatz (Bernhard-Weiss Strasse, 5), um hotel boutique com quartos não muito grandes mas bem decorados e com facilidades. As camas eram uma delícia e o banheiro maravilhoso. Café da manhã (amo!) muito bom. Possui um restaurante bom também - La Maison de L'Entrecôte. A localização foi excelente; no Mitte, bairro central de Berlim que concentra a maioria das atrações turísticas. Muito próximo à Alexander Platz, onde há terminal de todos os tipos de tranporte público e também dos ônibus turísticos, e que é um grande centro comercial. 

    Durante os passeios também me interessei pelo bairro de Charlottemburg, antiga área britânica da Berlim Ocidental, repleta de bares, restaurantes, cafés e lojas. Fiquei com a idéia que também seria um bom lugar para ficar.

    Fiquei por dois dias e duas noites; no terceiro dia saí de manhã para retornar à Munique, ponto de início dessa minha viagem. Não foi muito tempo, mas achei suficiente para conhecer a cidade.

    Para me locomover, usei o ônibus turístico, daqueles hop on hop off.  Usei o Berlin Citysightseeing, e escolhi o tour tradicional, que me levou a todos os pontos que me interessavam. Comprei o bilhete para 48h, que custou 32 euros e cobriu todo o tempo da minha estada. Um tour completo sem descer do ônibus nas paradas dura cerca de 2h.

    Num próximo post vou detalhar todos os passeios! Até lá!

3 dias em Praga: um roteiro resumido

    Depois de descrever em detalhes tudo que Praga pode oferecer para os turistas, fiquei com a sensação que preciso organizar as idéias e resumir como você pode se programar para conhecer a cidade.

COMO CHEGAR: como esse pormenor é bastante relativo, porque depende do seu ponto de partida, posso apenas relatar quais foram as minhas opções.

1. já fui de ônibus de Frankfurt para Praga, viagem que dura em torno de 5h e 20 min. Essa viagem foi com grupo de turismo e embora longa foi com paradas estratégicas e já cheguei direto no hotel, então foi bem confortável.

2. também já fui de ônibus de Viena para Praga com duração de 4h30min. A chegada pode ser na Estação Rodoviária FLorenc ou na Estação Central de Trens (Praha Hlavni Nadrazi), que é bem próxima da Praça Venceslau e fica bem fácil de se deslocar para o hotel. Eu usei taxi (já faz um tempo isso) e não me arrependi

3. a mesma viagem de Viena para para Praga fiz de trem numa outra oportunidade. O tempo é quase o mesmo (4h), o local de chegada é a mesma estação central e a viagem foi muito confortável. Deslocamento terrestre em trem e Europa combinam muito! 

4. por último em 2018 fui de avião de Brelim para Praga. A viagem durou 2h50min. O aeroporto de Praga fica a 20 Km do centro da cidade. Eu optei por um transfer até o hotel.

ONDE FICAR: depois de experimentar ficar próxima da praça Venceslau e ainda fora do centro histórico (fazendo o deslocamente sempre de metrô para os passeios), na minha última estadia a opção foi ficar dentro da Cidade Velha, bem próxima à praça. Indico! Localização central, perto de tudo, a um passo da maioria dos lugares. Foi uma ótima relação preço X benefício! Eu fiquei hospedada no Hotel Rott (Hotel Rott) com quartos confortáveis, bom café da manhã e o melhor: a um passo do Relógio Astronômico e de praticamente todos os passeios. 

Quanto tempo ficar em Praga?

Coloquei um roteiro com 3 dias; acho que menos que isso fica muito apertado.

DIA 1

Tire o dia para conhecer a Cidade Velha (Stare Mesto) e a ponte Carlos. Mais para o final do dia, vá comer no Kampa Park Restaurant (KAMPA PARK ) para aproveitar a ultima vista (do dia) da ponte Carlos.

A noite, recomendo assitir um concerto em algum prédio histórico de Praga. É quase uma tradição da cidade. Que tal na Igreja de São Nicolau na praça da Cidade Velha?

DIA 1: à esquerda a vista da praça do alto da torre da Prefeitura Velha; no centro passeio na ponte Carlos; à direita brindando um dia maravilhoso no Kampa Park Restaurant

DIA 2

Citytour pelo bairro novo (Nove Mesto), podendo incluir uma visita ao Museu Nacional. 

Voltar para o bairro velho para visitar o Josefov (bairro judeu) e passear pela margem do Moldava.

Programe um passeio de barco no final da tarde. Pode ter a opção com jantar, mas se não for comer, termine a noite no Glass Bar no alto do edifício "Dançante".

DIA 2: à esquerda o edifício "Dançante"; no centro passeio nas margens do Moldava; à direita no barco com a ponte Carlos ao fundo.

DIA 3

Conhecer o bairro de Mala Strana e o Castelo de Praga.

Visitar uma cervejaria. Minha escolha foi a Strahovsky Pivovar (cervejaria Strahov) bem pertinho do castelo.

Jantar num restaurante tradicional. Eu optei por um com pegada mais contemporânea, o Danielas, no meu próprio hotel.

DIA 3: à direita a troca de guarda no Castelo; à esquerda e acima, a visita ao Menino Jesus de Praga e a rua Nerudova; à esquerda e abaixo os pratos típicos mas contemporâneos do restaurante Danielas

Todos esse passeios estão descritos em detalhes nas minhas postagens anteriores.

Se ainda tiver tempo durante a viagem, que tal conhecer a cidade de Cesky Krumlov? Conhecê-la é minha "desculpa" (uma delas) para voltar a Praga. Fica a 2he30min mais ou menos e dá para fazer em esquema de bate-volta.

OUTRAS CERVEJARIAS

Brevnovsky Pivovar - Marketska,1

U Fleku - Kremencova,11

U Medviku - Na Perstyne,7

U Pinkasu - Jungmannovo namesti, 15/16

U Dvou Kocek - Uhelny Trh, 415/10

COMIDA TÍPICA

Taberna Medieval - Thunoska, 198

Prague Beer Museum (gastro bar) - vários endereços

Praga: o bairro de Mala Strana e o distrito do Castelo

    A margem esquerda do rio Moldava abriga o Castelo de Praga, um complexo de edifícios no alto de uma elevação e o bairro de Malà Strana, na base. Um bairro pequeno, como o nome diz: mala strana quer dizer o "lado pequeno", interessante e que foi poupado das agressões e reconstruções dos últimos séculos. Um grupo de casas e palacetes medievais e barrocos que abrigavam a nobreza da corte dos reis da Boêmia.

    A entrada se faz através da Torre Judith, do século XII, e que fazia parte de uma ponte antecessora da ponte Carlos. A torre sobreviveu e ainda hoje guarda entrada do bairro.

   Logo no início fica a ilha de Kampa separada por um canal artificial, Certovka (córrego do Diabo), escavada para abastecer moinhos. É um lugar tranquilo, diferente da agitação do resto da cidade. É numa praça de Kampa que está o muro de Lennon, onde os turistas escrevem mensagens para o Beetle. 

Córrego do Diabo e seus moinhos. A tranquilidade da Ilha de Kampa.

    Um detalhe que adorei: almocei no Kampa Park Restaurant. Fiquei numa varanda com vista para a ponte Carlos, com uma comida deliciosa e brindando a oportunidade de apreciar mais uma vez essa cidade maravilhosa.

Varanda do restaurante na ilha de Kampa, com vista para o Moldava

    Agora entrando em Malá Strana, parece que voltamos no tempo. As construções foram mantidas com seu aspecto do período barroco. Mais perto da ponte Carlos muito comércio turístico, mas avançando um pouco casas, palacetes, jardins e estátuas em profusão.

Já na chegada, o que chama muita atenção é a Igreja de São Nicolau. Não confundir com a Igreja do mesmo santo que está na Praça da Cidade Velha! Essa é uma joia do estilo barroco, contruida nos anos 1700, com o interior lindamente decorado e abriga um orgão que foi tocado por Mozart. Na praçã em frente a Coluna da Peste com uma estátua da Santíssima Trindade.

Os telhados de Praga são muito originais. Na foto os telhados da Torre Judith e a cúpula verde ao fundo é da Igreja de São Nicolau.

    Se há uma parte da minha estada que eu refaço todas as vezes que estou na cidade, é a visita à imagem do Menino Jesus de Praga. A imagem de 47 cm feita em madeira, está na Igreja de Nossa Senhora Vitoriosa, ao lado do convento da ordem das Carmelitas Descalças. A igreja fica na rua Karmelitska, 9. Dá tranquilo para ir a pé desde a Igreja de São NIcolau. POde também usar o bonde até a para Hellichova. Além da fé, da beleza da igreja e da imagem, sempre me surpreendo ao achar a oração ao Menino Jesus impressa em português no altar.

Feita na Espanha, a imagem chegou à Praga em 1556. Foi vandalizada alguns anos depois, ainda no século XVI, perdendo os braços. O pároco da igreja revelou que "ouviu" o imagem pedindo para ser restaurada e que em troca sempre protegeria a cidade. Começa então sua longa história de devoção e milagres.

    Nada explica melhor o que é Mala Strana do que caminhar pela rua Nerudova. Ela liga a ponte Carlos ao Castelo de Praga. Também faz parte do trajeto da coroação dos reis da Boêmia, assim como as ruas Celetna e Karlova como contei no post anterior. 

Passeando pela rua Nerudova

    O nome da rua é uma homenagem à Jan Neruda, escritor de contos sobre a vida burguesa em Mala Strana. Ele morava nessa rua. Está achando o nome familiar? O pseudonimo Pablo Neruda, do escritor chileno Ricardo Basoalto, foi inpirado nesse escritor.

    As casas mantém as características arquitetônicas do tempo que essa região era o reino da Boêmia. Ao invés de numeração, os edifícios possuem desenhos/símbolos para identificar os endereços, costume desde a época medieval. Faz parte do passeio ir caminhando pela Nerudova e tentando identificar os simbolos e descobrir o porquê de cada um deles. Assim, vamos andando e descobrindo a casa dos 2 Sóis, a casa das 3 Águias Negras, a casa do Cálice de Ouro, a casa da Chave Dourada, a casa do Leão Dourado (onde funciona o Museu do Botocário). Há fachadas com Lagosta Verde, Medusa, 3 violinos, Ferradura, Leão Vermelho, Cisne Branco, Águia Dourada, Carneiro Vermelho... e de símbolo em símbolo chegamos em frente à entrada principal do Castelo de Praga, de onde se tem uma vista bem bonita da cidade.

Chegando na parte mais alta da rua Nerudova

Vista da cidade em frente ao Castelo de Praga

    O Castelo de Praga (Prazsky Hrad)encontra-se na colina Hradcany, na margem esquerda do Moldava, onde a cidade de Praga foi fundada. Muito mais que um castelo, é na verdade um complexo com vários edifícios, catalogado no Guiness como o maior do mundo. A visita ao castelo tem vários tipos de ingresso, dependendo do que você quer conhecer, e o tempo que dispõe - custa entre 16 e 35 euros e tem duração de 1 hora, 2 horas ou 3 horas, guiado ou não. Merece uma programação antecipada dos seus interesses e que tempo quer dispor. Vou detalhar algumas opções, mas como os interesses mudam muito de turista para turista, acho melhor que cada um se programe da forma mais adequada. Sugiro pesquisar em blogs de viagem e no site oficial do Castelo onde é possível comprar os ingressos com antecedência - Castelo de Praga 

    São palácios e edifícios eclesiásticos de vários estilos, desde o românico do século X, até o gótico do século XIV, como residência dos reis da Boêmia. É um patrimônio Mundial da UNESCO. E ainda hoje é a sede do governo tcheco.

Detalhes da fachada principal do Castelo

Pátio interno

    O que eu considero imperdível:

1. CATEDRAL DE SÃO VITO: em estilo gótico, abriga as jóias da Caroa. Local da coroação dos reis da Boêmia. Abriga o mausoléu dos grandes reis da Boêmia, incluindo o de Carlos IV, aquele que dá nome à ponte mais famosa de Praga. Abriga também as relíquias de São Vito e São João Nepomuceno. Observe o portão dourado representando o Juízo Final na fachada principal onde também se encontra uma roseta. Perca um tempinho admirando os vitrais.

2. PALÁCIO REAL: salão Vladislav abriga uma exposição sobre a história da cidade.

3. GOLDEN LANE: várias casinhas onde viviam defensores e servos do castelo. Como vários dos servos eram ourives, o nome "de ouro" marcou a rua. Atualmente as casas abrigam lojinhas. Elas chamam a atençao por dois motivos: são pequenas! A gente mal cabe nelas em pé. Será que os antigos eram tão baixos? Outro atrativo é o fato de que Franz Kafka viveu no número 22 entre 1916 e 1917.

    Na entrada principal do Castelo, todo dia ao meio-dia, há uma cerimonia de troca da guarda.

Cerimonia de troca da guarda em frente ao portão principal do Castelo de Praga

    Bem próximo ao complexo do castelo, está o Monastério Strahov, um bom lugar para encerrar esse passeio. A biblioteca muito bonita, recebe visitantes. E seguindo a tradição de fabricação de cervejas nos monastérios, vá conhecer a Strahov Monastery Brewery (Strahovsky Pivovar). Eles oferecem restaurante e cervejaria, com visita e degustação. As cervejas tchecas são famosas, os tchecos adoram bebê-la, então a experiencia turistica não está completa sem uma visita desse tipo. Experimente a St Norbert Pale Ale!

"Na zdraví" tim-tim em tcheco)!

Praga: conhecendo a Cidade Velha parte 2 e Novè Mesto

    Só para falar sobre a praça da Cidade Velha de Praga foi um post inteiro! Mais ainda tem muita coisa para ver!

    Usando a praça como ponto inicial, podemos conhecer:

• a rua Celetna, uma das mais antigas da cidade, e que fazia parte da rota de coroação dos reis da Bohemia em direção ao Castelo de Praga. O nome deriva de pães daquele tipo trançado que eram vendidos nela na Idade Média. Para não fugir à característica de toda a cidade velha, os prédios são lindos e vale a pena ir andando e apreciando. A rua liga a praça ao nosso próximo de interesse, a Torre da Pólvora. 

Essa é uma das torres defensivas da muralha da cidade,a única que permanece em pé. No século XVII foi usada como depósito de pólvora, o que explica o nome. É possível visitar seu interior, que tem uma exposição sobre a história de Praga. A torre está conectada com a casa Municipal, um edifício Art Nouveau lindo, uma sala de concertos. Já estamos na chamada Cidade Nova. O prédio é bonito por dentro também. É possível fazer um tour guiado (em tcheco ou em inglês) ou simplesmente entrar e tomar um café na cafeteria e apreciar ao redor.

Chegando na Torre de Pólvora

Conexão entre a Torre de Pólvora e a Casa Municipal.

Fachada principal da Casa Municipal.

Voltando para a praça, nossa referência, podemos caminhar pela

• rua Pariska, um grande boulevard com lojas de grifes internacionais. A caminhada também serve para nos levar ao bairro judeu, o Josefov. Vale a pena conhecer a Sinagoga Espanhola, a Sinagoga Pinkas e o antigo cemitério judeu. É necessário ingresso para essas visitas. A visita mais impactante é ao velho cemitério judeu. Por 3 séculos foi o único espaço reservado para enterrar os mortos. Como o espaço era insuficiente, a grande quantidadede  de lápides quase sem espaço entre elas. Eu já fiz essa visita numa viagem anterior e nessa última fiz apenas um citytour de charrete.

Citytour de charrete na cidade velha, passando pelos pontos importantes do Josefov

Passeando pelo bairro judeu.

    Após o passeio pelo bairro judeu, já estamos próximos das margens do Moldava. Se continuar caminhando pelas margens para o lado direito, já adentramos o Nové Mesto, o bairro "novo", nem tão novo assim. Se for caminhando para a esquerda, rapidinho chegamos na ponte Carlos, talvez a maior atração de Praga.

Caminhando pela margem do ria em direção à ponte Carlos

    Como estamos falando sobre opções para passeios a partir da praça da cidade velha, se pode chegar à ponte Carlos pela:

• rua Karlova: mais uma rua que fazia parte da rora de coroação dos reis da Boêmia. Estreita, muito movimentada! Já que liga a Praça da Cidade Velha com a ponte Carlos, a quantidade de turistas passando de uma lado para o outro é assustadora em algumas épocas do ano. Essa quantidade de gente às vezes dificulta a apreciação das lindas fachadas dos prédios, que no térreo abrigam lojas, restaurantes, cafés e galerias de arte. Foi numa desses cafés que eu provei o Trdelnik - um doce que tem uma massinha cozida em forma de cone com recheios variados que você escolhe.

Meu trdelnik foi de maçã com canela.

Uma parada estratégica para programar os próximos passos e descansar um pouco da movimentação da Karlova.

    Em todas essas ruas no entorno da Praça da Cidade Velha, aliás em toda Praga, vemos muitas lojas vendendo peças de cristais, de todos os tamanhos e preços, desde peças de design até peças mais simples. Praga está localizada na antiga região da Bohemia, famosa por seus cristais de altissima qualidade. Como existem peças para todos os gostos e para todos os bolsos, aconselho a não voltar sem uma.   

    Driblando a quantidade de turistas pela rua Karlova, chegamos à ponte Carlos (Karluv Most),o lugar de maior concentração de pessoas por metro quadrado de Praga. 

Entendeu o que eu quis dizer com "muita" gente?

    Para apreciar devidamente essa maravilha, muitos recomendam visitá-la em horários alternativos, por exemplo antes das 7 da manhã. Para apreciar com calma todas as estátuas e a paisagem, como menos gente é melhor. Para fotografar então, é imprescidível fugir dos horários de pico. Uma outra maneira de fugir da multidão é ver a ponte de outro ângulo, a partir do rio, fazendo um passeio de barco. Depois falo sobre isso.

Para fugir da multidão só vendo a ponte de outro ângulo mesmo!

    Mas vamos falar sobre a ponte: o início da construção foi em 1357, num dia e hora prederterminados pelo rei Carlos IV, aficcionado por astrologia. As obras duraram 45 anos, já com a torre na margem do lado do castelo e depois ao longo dos anos foram acrescentadas a torre da outra margem e todas as estátuas que a decoram hoje. Antes mesmo de ficar pronta, a ponte já tem sua primeira história: João Nepomuceno, vigário-geral de Praga e confessor da rainha, foi torturado e jogado da ponte por ordem do rei Venceslau IV por se recusar a revelar os segredos de confissão da rainha. Ele virou santo em em 1729 e foi a primeira estátua colocada na ponte Carlos; dizem que se quiser voltar a Praga é preciso tocar a placa abaixo da sua estátua. Foram várias destruições por enchentes e reconstruções e desde 1965 ela é exclusiva para pedestres. São 30 estátuas na ponte (atualmente as que estão lá são réplicas), a última foi colocada em 1928 - estátua de São Cirilo e São Metódio. 

Torre do lado norte (cidade velha) da Ponte Carlos

Vista do rio Moldava

Torre sul - do lado do Malá Strana

Gente por todos os lados

As torres de N S de Tyn ao fundo

O castelo de Praga ao fundo

A mesma ponte em tres momentos diferentes!

    Alguns dizem que são 31 estátuas porque contam também uma estátua que fica do lado sul, mais separada da ponte: a estátua de Bruncvik, um herói tcheco com sua espada. 

    Terminando de maneira incrível os passeios pela cidade velha, resta conhecermos a cidade nova (Novè Mesto) para completar a visita de todo essa margem do Moldava.

    Essa parte nova (nem tão nova assim), meio que abraça a cidade velha. Aqui é mais difícil conhecer os pontos turísticos a pé; as distâncias são maiores. O metrô de Praga é uma ótima opção. A linha A tem estações desde o castelo de Praga, até a praça Venceslau, com paradas em vários pontos turísticos. Além disso, o metrô tem conexão direta com a estação central de trens, uma opção frequente dos turistas para chegada/partida de Praga e também para qualquer passeio para outras cidades da República Tcheca.

    Nessa minha última viagem à Praga, optei por fazer um mini city tour e passeio de barco por uma empresa de turismo local. O passeio incluiu a maioria dos pontos turísticos do bairro novo. O tour começõu na rua Hytirska, próxima da praça da República, passou pela Estação Central de Trens (Praha Hlavní Nadrazi), pela praça Venceslau, com parada para apreciarmos sua configuração ascendente tendo ao fundo o Museu Nacional de Praga, a estátua equestre de São Venceslau e também escutar as histórias desse ponto onde são celebradas as grandes datas da Republica Tcheca e também as manisfestações populares. Nela foi comemorado o fim do regime comunista.

Praça Venceslau e o Museu Nacional de Praga

Praça Venceslau

Estátua Equestre de São Venceslau

 

    Continuando o passeio, chegamos às margens do Moldava, passamos pelo Teatro Nacional e pela Casa Dançante (Tancici dum), um prédio de escritórios desenhados por um arquiteto tcheco, Vlado Milunic, em parceria com Frank Gehry. O prédio tem uma forma bem diferente, descrita como um casal que dança, sendo também chamado de Ginger e Fred. Tem um Glass Bar no último andar, muito concorrido pela vista que apresenta, então precisa de reserva com muita antecedência.

Teatro Nacional

Fred e Ginger

Após esse pequeno passeio pelo Nove Mesto, embarcamos para um passeio de barco pelo rio Moldava. Escolhemos fazer o passeio no final da tarde, com jantar, então vimos a cidade iluminada na volta, foi bem bonito. O lado negativo é que essas opções com refeições acabam sendo passeios mais longos, numa parte já não tão interessante e a comida na verdade não compensou também. Acho que indicaria um passeio mais curto, sem comida, mesmo que não seja possível fazer no horário noturno.

Embarcando para o passeio de barco

Na ida foi muito bonito ver a ponte Carlos de um outro angulo. Nem parecia que ela estava lotada de gente!

No barco com a ponte Carlos ao fundo

Na volta, ver o céu escurecendo e os prédios se iluminando, foi muito lindo!

Ponte Carlos iluminada e o castelo no alto

Esse passeio foi uma maneira muito boa de me despedir de Praga mais uma vez!

SE QUISER SABER SOBRE O CITY TOUR E PASSEIO DE BARCO:

1. Martin Tour - info@martintour.cz

2. pragueallinclusive.com - você pode agendar no hotel, na praça da cidade velha esquina com a rua Pariska e na sede rua Rytirska, 4.