segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

A surpreendente e sempre renovada Londres: onde ficar e dicas de transporte.

Estranho como às vezes a gente cria uns fantasmas sem razão. Nas viagens, meu fantasma era Londres; sem explicação aparente, achava que não iria gostar, que era uma cidade que não combinaria comigo. Então, ano passado, surgiu um compromisso de trabalho em Londres e eu resolvi encarar. Já estava mais que na hora de redescobrir essa cidade! Havia ido a Londres há muitos anos, muitos mesmo e fiquei pouco tempo. Sabe aquelas viagens de 20 tantos dias para conhecer toda a parte ocidental da Europa? Pois é! Fui a Londres numa dessas e nunca mais havia voltado até setembro de 2015.
Agora depois de ter voltado, mesmo com o câmbio assustador, só posso pensar numa coisa: porque não fui antes? Que maluquice minha dizer que não gostaria? Quero voltar!
Para curtir tudo o que Londres tem a oferecer, é necessária uma certa programação. E, primeiro conselho: é necessário NO MÍNIMO 3 dias e mesmo assim vai ficar um gostinho de quero mais, de preciso mais!
Além de definir o tempo (mais de 3 dias por favor!), o próximo passo é escolher onde ficar.
A localização da hospedagem vai depender do seu orçamento, das suas preferências. Londres tem atrações para todos os gostos; você pode ver com antecedência o que mais gosta, checar a localização e escolher seu hotel num bairro que facilite seu deslocamento. Por exemplo se seu maior interesse é seguir os passos dos Beatles, talvez seja melhor ficar próximo ao Regent´s Park, próximo à Abbey Road. Se seu interesse são os museus, muitos, fantásticos e a maioria grátis, o melhor é ficar numa região mais central. Se o que você gosta é da história de Diana, a princesa de Gales, fique próximo ao Kensington Gardens. Seu negócio é teatro e vida noturna? Uma das opções é estar em Covent Garden. A lista é gigante! Difícil dizer o que você deve fazer. Tem que pesquisar! Acho tão legal pesquisar antes da viagem, não é tempo perdido!
Mesmo você escolhendo ficar perto dos seus maiores interesses, tem atrações em todos os cantos e vai ser necessário deslocamento. Como fazer isso? Londres é uma cidade cara, principalmente para nós brasileiros, então programar o gasto com transporte é fundamental. Ônibus? Metro? Taxi? A pé?
Então vamos organizar um pouco:
Eu fiquei hospedada no Westminster Park Plaza Hotel. É um hotel enorme! Os hóspedes são turistas ou pessoas que estão em Londres para convenções ou negócios. Por conta desse fluxo enorme de gente, o staff é ágil, eficiente e extremamente gentil, o que aliás eu descobri, é uma característica do inglês. Os quartos são excelentes, o café da manhã maravilhoso (já disse que valorizo demais esse ítem!), o hotel possui 2 restaurantes (um japonês e uma brasserie) e um pelotão de funcionários no concierge para ajudar a gente em tudo!
O mais fantástico desse hotel porém é a localização! Nem vou falar, vou mostrar!
Lobby do hotel Westminster Park Plaza com a vista do Big Ben e da Westminster Bridge
Além de estar a um passo do Big Ben e inúmeras outras atrações (por exemplo a London Eye - conto depois), esse hotel tem uma estação de trem e metrô, Waterloo, bem próxima e a estação Westminster do metrô, logo do outro lado da ponte.

Para vir do aeroporto de Heathrow até o hotel, estudei várias opções:

  1. trem: tem uma estação dentro do aeroporto, mas o tempo de viagem é de mais de uma hora e depois de tanto tempo no avião, não foi uma boa opção para mim;
  2. taxi: nem pensar! Caro pra caramba!
  3. trem expresso: há o Heathrow Express que não faz nenhuma parada entre o aeroporto e o centro de Londres, então chega lá bem rapidinho, por um preço acessível. Ponto contra: ele vai direto para a estação Paddington e você tem que descer lá. Se for perto do seu hotel, ou as conexões forem fáceis, OK. Como não era o meu caso, não foi a opção que escolhi.
  4. transfer: existem sites nos quais você pode agendar um transfer aeroporto/hotel ou vive-versa. Eles além do dia, hora e numero do vôo, pedem o endereço do hotel e quantidade de pessoas e malas para calcular o tipo de carro e preço. Fica bem razoável, principalmente se você está viajando em grupo. Além do preço bom, o conforto é um grande argumento. Essa foi minha opção.
Agora o transporte enquanto estiver em Londres. O sistema de metro e trem te leva para todos os lugares e possui um esquema de zonas de 1 a 7. A zona 1 é a região mais central e quanto maior o numero, mais longe do centro você está. Para que tenha uma ideia, o aeroporto de Heathrow (que é relativamente longe do centro) está na zona 6. Isso é importante porque o preço do transporte também aumenta se você for para zonas mais distantes.
Londres possui um cartão de transporte chamado Oyster que você compra e pode colocar um valor de crédito para ir usando ou fixar o tempo de uso: dia, semana ou mês. Um dado importante para calcular mais ou menos o que vai usar, além do valor da passagem e que em zonas vai circular, é que o cartão tem um limite de valor diário cobrado e as viagens depois desse valor atingido não são debitadas. É bom saber isso para não voltar com créditos ou ter que pedir reembolso.
Existe também o Travelcard, de papelão, que pode valer por 1 dia, por exemplo, mas como o valor já inclui zonas de 1 a 4 e normalmente a gente fica mais na 1 e 2, sai mais caro. A vantagem do Travelcard em relação ao Oyster é que quando comprado numa estação de trem (de metro não serve), existe uma promoção 2:1 em várias atrações turísticas. Você paga mais pelo transporte, mas economiza nos passeios. Meu conselho antes de escolher essa opção é verificar quais as atrações turísticas fazem parte da promoção (não são todas e podem variar dependendo da época) e se são as que você quer, para não se arrepender depois.
Ah! Falei em trem e metro mas esses "cards" valem para as linhas de ônibus também!
A gente fica sempre com o pensamento no transporte público, mas não se deve esquecer da opção táxi. Quem não tem vontade de andar nos emblemáticos táxis pretos londrinos e com o motorista do lado contrário? Pois é, além de ser um passeio turístico, não é tão caro e pode ser uma boa opção, principalmente se está viajando com a família. Ao invés de comprar 5 Oysters por exemplo, você irá pagar muito menos numa corrida de táxi. E antes que você pergunte, os carros lá acomodam 5 pessoas confortavelmente, mesmo com bagagem. Eu gosto dessa opção do carro onde posso ir olhando o trajeto ao invés de ir por baixo da terra e não ver nada do caminho; fico sem me localizar direito. Só aviso que o trânsito em Londres é pesado e de táxi corre-se o risco de perder um tempo parado em engarrafamentos.
Uma última opção para conhecer e se locomover pela cidade são aqueles ônibus de dois andares hop-on hop-off, porém os trajetos (são dois tipos) são longos e acaba ficando cansativo. Uma opção divertida é fazer o city tour num carro anfíbio! Esse eu não experimentei, mas deve ser divertido e uma boa opção para quem viaja com crianças.
Um dos pontos de embarque dos ônibus de dois andares fica na ponte de Westminster em frente ao meu hotel e o escritório da London Duck Tours fica próximo á estação Waterloo
Enfim, acho que não existe fórmula mágica e muito menos única de onde ficar e como se locomover nessa cidade. Só posso dizer que qualquer que seja sua escolha ela vai funcionar de forma impecável, como tudo por lá; e que conhecer as opções é a melhor maneira de escolher aquela que melhor combina com a sua viagem.
Depois eu conto tudo que eu conheci nesse lugar incrível. Até o próximo post!

Nenhum comentário:

Postar um comentário