sábado, 28 de junho de 2014

Me sentindo dentro de um quadro de Monet! Sonho realizado.

Voce curte pintura?
Mesmo que não curta muito, pelo menos já ouviu falar em impressionismo ou Claude Monet.
Para quem conhece, e gosta, visitar Giverny a casa onde Monet viveu por 43 anos e pintou seus quadros mais famosos, é a realização de um sonho. Eu realizei esse sonho em agosto de 2011. Adorei! E olhe que agosto nem é a melhor época para ir lá; o melhor é ir na primavera, em maio.
Para quem não conhece, é uma oportunidade de conhecer mais sobre o pintor ou no mínimo passar um dia super agradável fora de Paris. Além da Casa e dos Jardins de Monet, há a cidadezinha proxima, várias lojinhas e restaurantes.
Giverny fica há um pouco mais de uma hora de Paris. Voce pode ir de trem saindo da gare de St Lazare, mas tem que chegar em Vernon e de lá pegar um onibus até Giverny. Outra opção é comprar o passeio junto a uma empresa de turismo. Acho um pouco mais tranquilo ir assim, principalmente pensando na volta. Quando voce vai é tudo ótimo, mas na volta, depois de um dia todo passeando, esperar o onibus para depois pegar o trem e voltar para Paris...
Várias opções de passeios em Giverny
meu bilhete de entrada

Voce pode visitar o interior da casa onde viveu a familia Monet, que continua com mobília e porcelanas, e o atelier dele, com um pé direito incrível e várias reproduções de suas obras. Está em Giverny também a coleção de gravuras japonesas de Monet.



Depois, é gastar o tempo que quiser passeando pelos jardins, descobrindo cada detalhe, observando os angulos e luzes que correspondem a cada tela de Monet que já vimos, seja no Louvre, na Orangerie, no D`Orsay, no Marmottan ou onde quer que seja. Está tudo ali. É só passear e sonhar...




Na saída tem uma lojinha com ótimas lembrancinhas para guardar ou levar para os amigos.

Os marcadores de livros são lindos!
Para completar o passeio, vale comer na cidadezinha de Giverny próximo ao museu.


sexta-feira, 27 de junho de 2014

Ainda é Suiça ou já cheguei na Alemanha?

Pois é... mais 2 horas de trem partindo de Interlaken e cheguei a Lucerna. No meu programa de viagem, essa seria uma cidade para ficar 3 dias e duas noites, bem próxima de Zurique (45 min), que eu pretendia conhecer num desses dias e também seria meu ponto de retorno ao Brasil (já estava viajando há 13 dias!). A estação de trem em Zurique acaba no subsolo do aeroporto é só subir uma escada rolante e voce já está no saguão de embarque o que facilita bastante o deslocamento.
Lucerna se mostrou tão bonita e interessante que acabei deixando Zurique de lado - já havia passado por lá em outra viagem e, fica pra uma próxima! Não me arrependi nem um pouco de aproveitar Lucerna.
É uma cidade a beira do rio Reuss e ladeada pelo Lago dos 4 Cantões (esse lago tem outro nome, mas dificil a beça, então vamos ficar com esse mesmo). 
Lago dos 4 Cantões
O rio divide a cidade: de um lado a cidade antiga e de outro a parte mais nova. Fiquei no Hotel Des Balances, na parte velha da cidade. Achei perfeito! O hotel é tudo de bom e além de linda a parte velha te deixa muito perto (dá para ir a pé) de todas as atrações turisiticas.
O hotel Des Balances (Weinmarkt,6004) foi uma surpresa maravilhosa. Atendimento nota dez, quartos espaçosos e com uma característica sensacional: uma varanda praticamente "dentro" do rio Reuss, com vista para a Igreja dos Jesuítas (Jesuitenkirche), um dos pontos turísticos de Lucerna. O salão de café da manhã, para mim um dos pontos essenciais para uma boa avaliação de um hotel, também tem varanda com essa vista maravilhosa. 


Salão da café da manhã e happy hour com vista para a Igreja dos Jesuítas

Fotos da varanda do meu quarto no hotel des Balances


























A própria praça onde o hotel está localizado, a Weinmakt, é um dos pontos turísticos.
Weinmarkt

Saindo do hotel voce já está no coração da cidade velha e pode, caminhando, passear pelas ruas estreitas com casas lindas com a fachada pintada, bem coloridas. Por isso o título do post; quem conhece pode pensar que dormiu, o trem passou a fronteira e chegou no sul da Alemanha. A influencia alemã é marcante, mas aqui a atmosfera é mais alegre e descontraída.


A beira do rio Reuss também é um capítulo a parte - vários bares e restaurantes, muita gente animada, a possibilidade de sentar a beira do rio e alimentar os cisnes ou atravessar para o outro lado por pontes lindas.


Falando em pontes, chega a hora de falar da mais importante, o cartão postal de  Lucerna, a Kapellbrücke. É uma ponte de madeira, em zigue-zague, coberta, com cantoneiras floridas em toda a sua extensão e por dentro com as traves do teto pintadas com cenas alusivas à história da cidade.  Muitas dessas pinturas foram perdidas num incêndio nos anos 90 mas para nossa sorte a maioria foi restaurada. Linda, diferente de tudo que já vi. Essa torre hexagonal ao lado é o Wasserturm.





Outro ponto de visita obrigatório é o Löwendenkmal - o leão deitado - monumento em homenagem aos guardas suiços que foram massacrados durante a Revolução Francesa, colocado num parque lindo.

As igrejas de S. Leodegar e dos Jesuítas (Jesuitenkirche) também são lindas e valem uma visita.


Perto de Lucerna está o Monte Pilatus, onde é possível subir de teleférico e ter uma vista linda da região e da cidade. Esse foi um passeio que não fiz, assim como um passeio de barco pelo Lago dos 4 Cantões. Já tinha feito um passeio de barco em Interlaken e quanto ao Monte Pilatus, nem todo mundo do grupo curtia teleférico; além do que já havíamos também feito o passeio ao Jungfraujoch. Preferi ficar mais tempo curtindo a cidade; se voce tiver mais tempo ou gostar desse tipo de passeio, acho que vale a pena conferir.
Apesar de não ter feito esse passeios tradicionais, por acaso, conversando com um brasileiro que mora lá, descobri um conservatório de música com uma vista da cidade lindíssima! Só um detalhe, como foi de improviso, seguindo a orientação do amigo recente que disse que era perto (para quem mora no local sempre é perto!) subimos a pé e foi complicado: andamos e subimos bastante, e como não é um ponto turístico, não há muita indicação. Sugiro que voce vá até lá, mas de onibus! O sistema de ônibus de Lucerna é ótimo e na linha 14 tem a parada Konservatorium que te deixa bem pertinho; é só se informar. De qualquer maneira, vejam as fotos e decidam se vale a pena ou não.


Comer em Lucerna não é problema: nas margens do rio Reuss, na cidade velha há vários restaurantes, próximo a Igreja dos Jesuítas na outra margem também e próximo a igreja de S. Leodegar também. A margem do rio Reuss é o ponto para um happy hour ou mesmo um programa noturno. A maioria acha que aqueles jantares com show típico, são uma furada em viagens. Na maioria das vezes são mesmo! Mas aqui em Lucerna, o jantar com fondue e show no Stadtkeller foi uma surpresa boa.

Foi com dor no coração que me despedi de Lucerna; estava na hora de voltar ao Brasil!

Uma última dica: todos os trens que saem de Lucerna para Zurique vão até o aeroporto, que é a estação logo após a estação central e os trens partem a cada meia hora. Mas, alternadamente, os trens vão direto para o aeroporto ou voce tem que descer na estação central de Zurique e pegar outra composição para o aeroporto. Então, se voce for comprar o ticket e pedir para o aeroporto, eles vão te dar o horário mais próximo; reafirme que voce quer o trem DIRETO, para não ter que trocar de trem em Zurique, o que para quem está com malas para voltar faz diferença.








sexta-feira, 13 de junho de 2014

Conhecendo uma estação de esqui sem saber esquiar

Continuando minha viagem pela Suiça, me despedi de Lausanne e da língua francesa, para ingressar no mundo das estações de esqui. Escolhi ficar em Interlaken – literalmente entre lagos – aos pés do Jungfraujoch uma montanha com 3450 m de altura.
           Porém, antes de falar sobre Interlaken, a viagem até lá merece ser mencionada. A melhor maneira de fazer essa viagem é de trem, atravessando as montanhas pelo Golden Pass. O sistema ferroviário da Suiça possui a GoldenPass Line, com vários horários diários, alguns com trem super luxo, mas todos com janelas panorâmicas! Para saber detalhes, visite o site http://www.swisstravelsystem.com. O trem sai de Montreux vai subindo até Zweisimmen, com paisagens de cartão postal e depois direto até Interlaken. O trajeto dura umas 3 horas. As janelas laterais e frontais são imensas e voce passa pelas montanhas na parte verde ou gelada como se não estivesse dentro de um trem, mas está confortavelmente sentado e degustando um vinho. As paisagens são deslumbrantes! Voce vai passar por varias cidadezinhas inclusive Gstaad, a estação de esqui mais chique e famosa. Outra parte linda da viagem é avistar o lago Thum, quase chegando em Interlaken.





Primeira vista do lago Thum, proximo a Interlaken, de dentro do trem.
AVISO 1: se voce tem enjôos com estradas sinuosas e montanha-russa, tome remédio antes pois a viagem pode te deixar um pouco zonzo.
AVISO 2: voce usa seu Eurail Pass nessa linha, mas repito o que disse no post anterior: reserve assento com antecedência; e mais: aqui vale gastar um pouco mais (talvez mais que um pouco – na Suiça tudo é caro!)e ir de primeira classe! O Eurail Pass pode (e deve) ser comprado ainda no Brasil. A CVC, a STB e a TAM Viagens vendem o passe. 
Esse é o passe para o trem - voce tem que anotar a data do primeiro uso - a partir dai começa a valer o tempo comprado. A cada viagem voce deve anotar a data no lugar apropriado; sempre vai haver um fiscal cobrando isso durante o trajeto.
A chegada a Interlaken se faz pela estação de Interlaken Ost. Voce vai encontrar uma cidade pequena, com cerca de 5300 habitantes, praticamente uma avenida grande e algumas ruazinhas menores, totalmente voltada para o turismo - muitos hoteis, lojas, restaurantes e cassino. Tem o lago Thum e o Brienz ao redor como o proprio nome da cidade diz e há um rio que os interliga, com águas super verdes vindas do degelo das montanhas.



Eu fiquei no METROPOLE HOTEL (Höheweg, 37), super bem localizado e com uma vista linda das montanhas. 
Vista do meu quarto no hotel Metropole

Que tal tomar o café da manhã com esse visual?
Como fui em maio, as montanhas não estavam todas cobertas de neve e ao invés de esquiadores a cidade estava repleta de praticantes de parapente (paraglider).


E o que fazer em Interlaken se você não pratica esqui e nem parapente?
- PASSEAR PELA CIDADE, fazer umas comprinhas... Aqui é melhor que Lausanne para isso. Foi onde encontrei a maior variedade e melhor preço para canivetes e relógios.


- PASSEAR PELO LAGO BRIENZ: Voce compra os tickets e embarca na estação de trem Interlaken West. Não é um barco turístico; o barco é o meio de transporte deles para várias cidadezinhas próximas. Há vários pontos de parada onde entra e sai gente, mas simplesmente sente na parte aberta (fui na primavera!) e aprecie a paisagem até voltar ao ponto de partida. É um passeio para a tarde toda.

- por ultimo, o objetivo principal de Interlaken: CONHECER O JUNGFRAUJOCH. É claro que o passeio é de trem! Existe um trem específico que sai da estação Interlaken Ost. Para esse trem o Eurail Pass não serve. Você tem que comprar os bilhetes e não é necessário marcar lugar; os horários são inúmeros então é esperar o próximo e embarcar. A subida é linda! Você vai vendo a passagem mudando, a neve começando a aparecer... Para uma moradora de pais tropical é uma visão muito diferente. O trajeto tem tres mudanças de trem. Elas são propositais, pois alem de mudar o tipo de trem (os mais próximos do pico são tipo cremalheira), faz com que voce vá se acostumando com a altitude. No topo são 3450m e subindo rápido pode-se sentir falta de ar, dor de cabeça, mas indo devagar o corpo se adapta. O trajeto todo dura mais ou menos 2:30h (leve agasalho mesmo que não seja inverno; os trens são climatizados mas o exterior é frio). Existem dois trajetos para se chegar a Kleine Scheidegg a penultima parada: via Lauterbrunnen/Wengen e via Grindelwald. 
subida via Wengen

estação Kleine Scheidegg

descida pelo vale de Grindelwald

O ideal é subir observando o vale de Lauterbrunnen e descer pelo vale Grindelwald. Dificil dizer qual deles é mais bonito. A partir de Kleine Scheidegg pegamos o último trem que passa por dentro da montanha e acaba direto dentro do Top of Europe um complexo turístico - o mais alto da Europa. No complexo tem vários restaurantes, existe a Wonderland Switzerland, um parque temático; o Sphinx um observatório; a Alpine Sensation mostrando como foi difícil a construção da ferrovia até ali e o palacio de Gelo. Se o tempo permitir é possível sair e brincar na neve.
Complexo turístico Top of Europe
Reserve o dia todo para esse passeio. 
Voltando para Interlaken no fim do dia, resta programar um jantar gostoso. Como é uma cidade bem turística, comer não é complicado; há vários restaurantes e bares bons. Existe um restaurante italiano Pizzeria DaRafmi com  pizza e massa muito boas e uns drinks bem legais. A carta de vinhos também é boa. Para comer comida local, raclete, batata rösti, há um restaurante no último andar do hotel Metropole.

Foram dois dias intensos e depois disso tudo eu já estava pronta para a próxima etapa: LUCERNA!

terça-feira, 10 de junho de 2014

Vale muito a pena conhecer a Suiça



Na hora de decidir para onde viajar, são tantas opções! Roteiros bem conhecidos, dicas de amigos, roteiros exóticos... A lista fica tão grande que se corre o risco de nem lembrar, ou deixar como última opção, um país interessantíssimo, a Suiça
Eu confesso que escolhi esse país para viajar ano passado, porque ia para Paris no final de maio, e queria continuar a viagem num local geograficamente próximo e que eu ainda não conhecesse. Como as outras fronteiras eu já conhecia, inclusive a Bélgica, que também vale uma postagem, "sobrou" a Suiça. Que sorte a minha!
Paisagens incríveis, cidades lindas, só tem que preparar a bolso: é um país caro; mas vale! (1 franco suíço = 2,52 reais).
Fiz uma programação para 7 dias e seis noites, dormindo duas noites em cada cidade. Escolhi pela localização: Lausanne, Interlaken e Lucerna, nos cantões frances e alemão. Voce pode ver a localização das cidades no mapa abaixo. Lausanne pela proximidade da França e Lucerna pela proximidade de Zurique onde peguei o voo para o Brasil.
'wikitravel.org
Como disse no começo, meu ponto de partida foi Paris. Fui de trem para Lausanne. O trem sai da Gare de Lion e a viagem dura umas 4 horas. Na RailEurope tem a possibilidade de comprar um passe que pode ser usado em qualquer trajeto de trem na França e na Suiça por um número de dias pre-determinado. Ajuda muito, você pode inclusive mudar seu roteiro e já estar com o transporte garantido. Mas atenção: a reserva de assento tem que ser feita com antecedência, caso contrário se corre o risco de não ter lugar no horário escolhido.
Minha primeira parada na Suiça então foi Lausanne, na beira do lago Genebra.
Vista do quarto do Hotel Mövenpick - bairro Ouchy - Lausanne
Essa é a vista do meu hotel. Lindo! Fica no bairro de Ouchy, mais baixo (o centro da cidade é no alto), a beira do lago. Recomendo ficar nesse bairro ao invés de no centro pois várias das atrações da cidade estão nessa região, às vezes dando para ir a pé; e para ir ao centro tem metrô (embora seja super perto). Fiquei no hotel Mövenpick (voce vai ouvir muito esse nome por lá) - atendimento excepcional, localização excelente e ainda por cima um restaurante maravilhoso.
Ficar em Lausanne se mostrou uma opção muito acertada. É a segunda maior cidade a beira do lago Genebra (a primeira é Genebra), uma cidade universitária, alto astral e perto tanto de Genebra como de outras cidades bem legais, todas a beira desse lago. Em Lausanne fica a sede do Comite Olimpico Internacional que tem um museu super interessante. O centro histórico também é muito bonito.
Dando de cara com um trailer desses não deixe de experimentar o sorvete!
A melhor maneira de se locomover pela Suiça é de trem, mas aqui em Lausanne, alugamos um carro para passear pela região. A distancia entre Lausanne e Genebra é de 51,5 Km; dá para ir e voltar no mesmo dia. Para o lado oposto, fica Vevey, onde fica a sede da Nestle e Montreux.

A estrada é boa (novidade!), a paisagem linda, com as montanhas e o lago de um lado e vinhedos do outro.

Em Montreux, uma cidade bem bonita, voce pode visitar a estátua de Freddie Mercury e o castelo de Chilon, que vale pelas fotos MA RA VI LHO SAS que voce vai conseguir!



Outra opção de passeio é sair da beira do lago em direção a região de Gruyère para visitar uma fabrica de queijos. Eu fui de carro, mas tem uma linha de trem "temática" com paradas em várias cidadezinhas dessa região.

Como as distancias são pequenas, em dois dias dá para conhecer tudo e ainda aproveitar essa cidade tranquila para descansar, desfrutar a paisagem...


O restante dessa viagem conto numa próxima oportunidade. Até lá!