terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Toda a tradição e elegância de Londres

Londres é uma cidade multifacetada!
Você pode ir inúmeras vezes pra lá e fazer passeios completamente diferentes! E mais: pessoas podem ir a Londres numa mesma época e não fazer quase nada igual! A cidade se apresenta diferente para cada turista, dependendo do gosto e personalidade de cada um. E tem Londres para todos!
Talvez a única faceta de Londres que atraia a todos, nem que seja só pela curiosidade, é aquela relacionada à monarquia inglesa. Mesmo quem não se interessa por história, curte ver o glamour, o cerimonial, ou mesmo fatos e locais relacionados aos membros atuais.
E quem vai a Londres e não quer ver o Big Ben e o Parlamento?
Então começo meus passeios em Londres com um roteiro desde o Parlamento até o Palácio de Buckingham que pode ser feito a pé.
Dependendo de onde estiver hospedado, você chega no ponto inicial do passeio pela estação Westminster do metro, das linhas Circle e District. Para mim, por conta de estar hospedada no Westminster Park Plaza Hotel era questão de simplesmente atravessar a Westminster Bridge (ponte Westminster).
Mapa mostrando os locais desse passeio. O H á direita mostra a localização do meu hotel e os números de 1 a 6 mostram os locais descritos durante o post onde estarão assinalados
Essa ponte tem muito movimento de turistas! Tem uma vista bonita do Tâmisa e suas pontes, e é de lá que se consegue a melhor vista do Big Ben e do Parlamento, que estão bem na margem norte do rio. O melhor enquadramento para fotos também é aqui no meio da ponte. Aliás, a London Eye, na margem sul, também fica linda numa foto tirada nesse ponto. Dois ícones da cidade, um mais tradicional, antigo e o outro da Londres mais moderna, unidos pela Westminster Bridge!
Começando o dia atravessando a ponte Westminster

Detalhe do Big Ben - foto tirada da ponte de Westminster
Vista da London Eye a partir da Westminster Bridge
Margem norte do Tamisa com a lateral do prédio do Parlamento
Muita gente tentando a foto perfeita!
Então, atravessando a ponte, cheguei à Parliament Square (numero 1 no mapa), onde estão o famoso relógio, o prédio do Parlamento Ingles e também a Abadia de Westminster.
Gramado na lateral norte da Abadia de Westminster. Dá para ver uma parte do prédio do Parlamento ao fundo e também os característicos ônibus ingleses. No mapa acima esse é o número 1.
Nessa praça é onde estão também milhares de turistas (eu fui no fim do verão!), circulando por todos os lados, tirando fotos e fazendo selfies de todos os estilos. tem muita gente nas ruas e na praça pois só na Abadia é possível entrar para visitação, comprando ingresso (20 libras). O ingresso não é barato mas valeu a pena. A Abadia é um livro de história da Inglaterra compactado! Há a pequena capela de Santa Margarida, a igreja maior, famosa por ter sido o local do casamento do príncipe William com a duquesa Kate, o claustro e seu jardim interno, uma cafeteria e claro, uma loja de souvenirs.
Fachada principal da Abadia
O interior da Igreja não pode ser fotografado. A visita é toda com audio guias e ainda existem vários voluntários para tirar qualquer dúvida que se tenha. Seguindo as orientações dos guias é possível visitar a nave central, o coro, o altar-mor, o local onde se sentam as autoridades eclesiásticas e ligadas à monarquia. Toda a nave e as capelas são recobertas com esculturas, pinturas e vitrais e uma infinidade de tumbas e memoriais, muitos verdadeiras obras de arte, realizadas por artistas famosos. São destaques a Tumba em homenagem ao Soldado Desconhecido, os Memoriais em homenagem à Sir Winston Churchill, Isaac Newton e Charles Darwin.  Túmulos de vários nobres e reis: Edward I, Henry III, Eleonor de Castela, Henry V. Tumbas de Henry VII, sua esposa e sua mãe na Lady Chapel, bem central. A tumba das rainhas e meia-irmãs Elizabeth I e Mary da Escócia e no lado sul o chamado Poet´s Corner com as tumbas de Charles Dickens e do poeta Chaucer, além de memoriais para William Shakespeare, Jane Austen, Lewis Caroll, T S Elliot, Irmãs Bronte, Henry James.
Jardim interno do claustro da Abadia de Westminster

Terminando a visita à Abadia e voltando à pracinha, para continuar nesse tópico realeza e história, a próxima parada é o Palácio de Buckingham (número 5 no mapa). Dá para seguir direto para o palácio, pela Birdcage Walk, ladeando o Saint James Park (veja no mapa acima). Eu preferi prolongar o passeio. Entrei pela rua Whitehall, que possui vários prédios públicos e também fica nela a sede da Royal Horse Guards (guarda montada). Nesse ponto começa a saga turística de tirar fotos com guardas londrinos! Não há quem não faça isso, estando por aqui!
Monumento em homenagem às mulheres da Segunda Guerra Mundial na rua Whitehall.
Entrada da Royal Horse Guards. O mais legal aqui é a placa de aviso!
Na sede da Royal Horse Guards também há cerimonial para troca dos guardas de segunda a sábado às 11h e domingos às 10h.
A rua Whitehall termina num ponto turístico fundamental de Londres, seu marco zero, a Trafalgar Square. Ela por si só já vale um passeio, mas vou detalhar o que tem aqui num post diferente. Hoje estou focada na Londres da realeza.
Estando ainda na Whitehall, olhando à esquerda, se vê o Admiralty Arch (numero 3 do mapa) que dá entrada ao the Mall (número 4 no mapa), avenida que margeia o Saint James Park e que termina no Monumento à Rainha Vitória, em frente ao Palácio de Buckingham. Um roteiro alternativo para chegar a The Mall é ir pela Horse Guards Road ao invés de pela rua Whitehall.
Admiralty Arch (numero 3 no mapa). Já dá para ver o Monumento à Rainha Vitória lá no fundo
Se já cansou de andar a pé o parque é um bom lugar para sentar, apreciar as pessoas e a paisagem, tomar uma água ou um sorvete.
Saint James Park
Saint James Park - a caminho do Palácio de Buckingham
Caminhando por The Mall
The Mall com o Palácio de Buckingham ao fundo.
Quando vamos nos aproximando do Monumento à Rainha Vitória (número 5 no mapa), a quantidade de pessoas circulando aumenta muito, todos já tentando se posicionar da melhor maneira para ver a troca da guarda da Rainha, que ocorre diariamente as 11:30h.
Chegando ao Palácio e a quantidade de turistas só aumentando...

Monumento em homenagem à Rainha Vitória.
Em algumas ocasiões pode não haver cerimonia e fica um aviso num cavalete. O engraçado é que mesmo com o aviso de que não vai haver cerimônia formal, as pessoas ficam ali, posicionadas um bom tempo, como se esperando por algum acontecimento inesperado. A quantidade de gente é grande e os lugares "bons" para ver a troca são poucos. Então aconselho que chegue cedo e se posicione.
E as pessoas vão chegando e se posicionando onde é possível

Mesmo que o possível seja em cima do monumento!
Muita gente já posicionada para assistir a troca da guarda
Eu sinceramente gostei mais de ver a região, o parque, o Palácio em si, do que ficar no sol, um tempão, num local cheio de gente para ver a troca. Valeu, mas sinceramente não preciso repetir a experiência.
Acabando a cerimonia, se você for a Londres no verão, aproveite para visitar o interior do Palácio! A parte reservada às recepções e cerimoniais, fica aberta durante todo o verão mediante compra de ingresso com hora marcada. A Entrada e compra de ingressos fica à direita do palácio, na Buckingham Palace Road (número 6 no mapa). 
Mapa com os locais da visita ao palácio.
Passamos pelos saguões de recepção, sala de jantar, sala de música e do trono e terminamos numa visita aos jardins, onde também se encontra um pequeno café. Não são permitidas fotos do interior do palácio, somente do jardim quando estamos saindo. A segurança na entrada é rigorosa com bolsas e líquidos. A visita foi bem interessante.
Terminando a visita com a vista dos jardins super bem cuidados

E também com bom chá inglês!

Como tudo em Londres, muito verde!

Já saindo, com a ùltima vista do palácio lá no fundo.
Foi uma boa maneira de terminar o passeio.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

A surpreendente e sempre renovada Londres: onde ficar e dicas de transporte.

Estranho como às vezes a gente cria uns fantasmas sem razão. Nas viagens, meu fantasma era Londres; sem explicação aparente, achava que não iria gostar, que era uma cidade que não combinaria comigo. Então, ano passado, surgiu um compromisso de trabalho em Londres e eu resolvi encarar. Já estava mais que na hora de redescobrir essa cidade! Havia ido a Londres há muitos anos, muitos mesmo e fiquei pouco tempo. Sabe aquelas viagens de 20 tantos dias para conhecer toda a parte ocidental da Europa? Pois é! Fui a Londres numa dessas e nunca mais havia voltado até setembro de 2015.
Agora depois de ter voltado, mesmo com o câmbio assustador, só posso pensar numa coisa: porque não fui antes? Que maluquice minha dizer que não gostaria? Quero voltar!
Para curtir tudo o que Londres tem a oferecer, é necessária uma certa programação. E, primeiro conselho: é necessário NO MÍNIMO 3 dias e mesmo assim vai ficar um gostinho de quero mais, de preciso mais!
Além de definir o tempo (mais de 3 dias por favor!), o próximo passo é escolher onde ficar.
A localização da hospedagem vai depender do seu orçamento, das suas preferências. Londres tem atrações para todos os gostos; você pode ver com antecedência o que mais gosta, checar a localização e escolher seu hotel num bairro que facilite seu deslocamento. Por exemplo se seu maior interesse é seguir os passos dos Beatles, talvez seja melhor ficar próximo ao Regent´s Park, próximo à Abbey Road. Se seu interesse são os museus, muitos, fantásticos e a maioria grátis, o melhor é ficar numa região mais central. Se o que você gosta é da história de Diana, a princesa de Gales, fique próximo ao Kensington Gardens. Seu negócio é teatro e vida noturna? Uma das opções é estar em Covent Garden. A lista é gigante! Difícil dizer o que você deve fazer. Tem que pesquisar! Acho tão legal pesquisar antes da viagem, não é tempo perdido!
Mesmo você escolhendo ficar perto dos seus maiores interesses, tem atrações em todos os cantos e vai ser necessário deslocamento. Como fazer isso? Londres é uma cidade cara, principalmente para nós brasileiros, então programar o gasto com transporte é fundamental. Ônibus? Metro? Taxi? A pé?
Então vamos organizar um pouco:
Eu fiquei hospedada no Westminster Park Plaza Hotel. É um hotel enorme! Os hóspedes são turistas ou pessoas que estão em Londres para convenções ou negócios. Por conta desse fluxo enorme de gente, o staff é ágil, eficiente e extremamente gentil, o que aliás eu descobri, é uma característica do inglês. Os quartos são excelentes, o café da manhã maravilhoso (já disse que valorizo demais esse ítem!), o hotel possui 2 restaurantes (um japonês e uma brasserie) e um pelotão de funcionários no concierge para ajudar a gente em tudo!
O mais fantástico desse hotel porém é a localização! Nem vou falar, vou mostrar!
Lobby do hotel Westminster Park Plaza com a vista do Big Ben e da Westminster Bridge
Além de estar a um passo do Big Ben e inúmeras outras atrações (por exemplo a London Eye - conto depois), esse hotel tem uma estação de trem e metrô, Waterloo, bem próxima e a estação Westminster do metrô, logo do outro lado da ponte.

Para vir do aeroporto de Heathrow até o hotel, estudei várias opções:

  1. trem: tem uma estação dentro do aeroporto, mas o tempo de viagem é de mais de uma hora e depois de tanto tempo no avião, não foi uma boa opção para mim;
  2. taxi: nem pensar! Caro pra caramba!
  3. trem expresso: há o Heathrow Express que não faz nenhuma parada entre o aeroporto e o centro de Londres, então chega lá bem rapidinho, por um preço acessível. Ponto contra: ele vai direto para a estação Paddington e você tem que descer lá. Se for perto do seu hotel, ou as conexões forem fáceis, OK. Como não era o meu caso, não foi a opção que escolhi.
  4. transfer: existem sites nos quais você pode agendar um transfer aeroporto/hotel ou vive-versa. Eles além do dia, hora e numero do vôo, pedem o endereço do hotel e quantidade de pessoas e malas para calcular o tipo de carro e preço. Fica bem razoável, principalmente se você está viajando em grupo. Além do preço bom, o conforto é um grande argumento. Essa foi minha opção.
Agora o transporte enquanto estiver em Londres. O sistema de metro e trem te leva para todos os lugares e possui um esquema de zonas de 1 a 7. A zona 1 é a região mais central e quanto maior o numero, mais longe do centro você está. Para que tenha uma ideia, o aeroporto de Heathrow (que é relativamente longe do centro) está na zona 6. Isso é importante porque o preço do transporte também aumenta se você for para zonas mais distantes.
Londres possui um cartão de transporte chamado Oyster que você compra e pode colocar um valor de crédito para ir usando ou fixar o tempo de uso: dia, semana ou mês. Um dado importante para calcular mais ou menos o que vai usar, além do valor da passagem e que em zonas vai circular, é que o cartão tem um limite de valor diário cobrado e as viagens depois desse valor atingido não são debitadas. É bom saber isso para não voltar com créditos ou ter que pedir reembolso.
Existe também o Travelcard, de papelão, que pode valer por 1 dia, por exemplo, mas como o valor já inclui zonas de 1 a 4 e normalmente a gente fica mais na 1 e 2, sai mais caro. A vantagem do Travelcard em relação ao Oyster é que quando comprado numa estação de trem (de metro não serve), existe uma promoção 2:1 em várias atrações turísticas. Você paga mais pelo transporte, mas economiza nos passeios. Meu conselho antes de escolher essa opção é verificar quais as atrações turísticas fazem parte da promoção (não são todas e podem variar dependendo da época) e se são as que você quer, para não se arrepender depois.
Ah! Falei em trem e metro mas esses "cards" valem para as linhas de ônibus também!
A gente fica sempre com o pensamento no transporte público, mas não se deve esquecer da opção táxi. Quem não tem vontade de andar nos emblemáticos táxis pretos londrinos e com o motorista do lado contrário? Pois é, além de ser um passeio turístico, não é tão caro e pode ser uma boa opção, principalmente se está viajando com a família. Ao invés de comprar 5 Oysters por exemplo, você irá pagar muito menos numa corrida de táxi. E antes que você pergunte, os carros lá acomodam 5 pessoas confortavelmente, mesmo com bagagem. Eu gosto dessa opção do carro onde posso ir olhando o trajeto ao invés de ir por baixo da terra e não ver nada do caminho; fico sem me localizar direito. Só aviso que o trânsito em Londres é pesado e de táxi corre-se o risco de perder um tempo parado em engarrafamentos.
Uma última opção para conhecer e se locomover pela cidade são aqueles ônibus de dois andares hop-on hop-off, porém os trajetos (são dois tipos) são longos e acaba ficando cansativo. Uma opção divertida é fazer o city tour num carro anfíbio! Esse eu não experimentei, mas deve ser divertido e uma boa opção para quem viaja com crianças.
Um dos pontos de embarque dos ônibus de dois andares fica na ponte de Westminster em frente ao meu hotel e o escritório da London Duck Tours fica próximo á estação Waterloo
Enfim, acho que não existe fórmula mágica e muito menos única de onde ficar e como se locomover nessa cidade. Só posso dizer que qualquer que seja sua escolha ela vai funcionar de forma impecável, como tudo por lá; e que conhecer as opções é a melhor maneira de escolher aquela que melhor combina com a sua viagem.
Depois eu conto tudo que eu conheci nesse lugar incrível. Até o próximo post!